quinta-feira, 8 de novembro de 2012

~ 42~




Despertou daquela letargia um com ligeiro incómodo. Tomás moveu a cabeça, olhando a com ar interrogativo. Mariana apercebeu-se que passara ...quantas horas passaram? Quantas horas passaram desde a última vez que os seus olhos viram os de Vasco?


A luminosidade matinal desenhava pequenas elipses no seu rosto: domingo estava nascendo e, no dia seguinte, iria rever Vasco - Mariana sorriu em direcção da janela, como se a luz fosse um raio de Esperança.

Erguendo-se do canapé, pegou em Tomás, que se aconchegou ao seu peito.
O corpo fofo e macio restituiu-lhe conforto e, subitamente, Mariana sentiu um apetite voraz.
Na pequena, mas feminina cozinha, colocou fatias de pão na torradeira, enquanto, Tomás bebia leite, nunca a perdendo de vista. Energicamente, fez café e, em breve, o suave aroma preencheu o recinto. Mariana aspirou profundamente: café e manhã, dois aromas associados e sempre diferentes. Colocou doce de pêssego no pão e sentou-se à mesa, servindo-se de leite e café. Comendo com vontade, Mariana sorriu, enquanto o afagava: "E agora, Tomás? E se esta maravilhosa manhã for..."
Não se atreveu a completar a frase.
Mariana sentia-se feliz. Estranha e injustificadamente feliz.







Sem comentários:

Enviar um comentário