sexta-feira, 9 de novembro de 2012

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O passeio estendera-se por demasiado tempo e, apesar do banquete matinal, era tempo de voltar. O rosto infantil ensombrou-se ao avistar o enorme casarão no horizonte e Vasco sentiu um aperto na mão. e um nó na garganta.
Apenas Smile apresentava sinais de cansaço e entrou em casa a correr, em direcção à tigela de água. Com passos lentos, pai e filha entraram em casa: os rapazes estavam na sala principal, entre música e vídeo jogos. Levantaram-se de um salto para abraçar o pai e Vasco soltou por instantes a mão da pequenita e, assim, pode abraçar os três filhos.
Eram aqueles momentos, era por aqueles momentos que Vasco se mantinha.
Ou melhor, a indiferença apoderara-se e apenas ela reinava.

Um vulto na sacada da sala fez com que Vasco se afastasse dos jovens e dirigiu-se com passos firmes e semblante carregado. Beijou a face que a mulher lhe estendida e segredou: "Ao jantar, não quero fitas à frente dos miúdos. Esta noite, vamos jantar em família".


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