Aproximou-se da janela da sala. A sua sala preferida, sempre inundada de sol. Hoje não. Encostou a testa ao vidro da janela, quase sentindo as bátegas de chuva no rosto. Mariana estremeceu perante o impacto causado pelo vidro frio. Ventos siberianos fustigavam as árvores da avenida. Tal como os seus pensamentos eram assolados pelas memórias. A distância aumentava a saudade, não trazia o esquecimento.
Sorriu. Por dentro. A sua alma gélida e árida ainda sabia sorrir, perante as recordações que albergava no coração.
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