Vasco atravessava a rua com ligeireza. As mãos esquecidas nos bolsos, o pensamento ausente, vagueava em tempos idos, mas, contudo tão presentes. Diante de si, desenhado no chão molhado da chuva, erguia-se o rosto de Mariana - como esquecer aquele rosto, tantas vezes admirado, tantas vezes acariciado? -, como uma miragem, inundado de luz aquela tarde tão fria.
Surpreendido por uma buzina, desviou-se com agilidade de um carro. Os pensamentos consumiam-no, as lembranças torturavam-no e o rosto de Mariana, sempre o rosto de Mariana…diante dos seus olhos.
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