Mariana jantou com grande satisfação. A conversa natural de Vasco, descrevendo lugares de que nunca tinha ouvido falar, a emoção e vivacidade das suas palavras acabaram por embalá-la e deixou-se transportar para lugares mágicos. Sem dar por isso, abandonou a postura rígida, correctamente sentada e de antebraços apoiados na mesa, encontrando-se agora bem mais relaxada, absorvendo cada sílaba.
Vasco sentiu-a descontrair e prosseguiu, sem fazer perguntas, sem pausas indiscretas. Queria, sobretudo, que Mariana fosse verdadeira, queria vê-la, senti-la como ela era… Intrigava-o o seu silêncio, Mariana parecia decidida a não querer impressioná-lo, a não querer dar-se a conhecer. Limitava-se a escutá-lo, limitavam-se a estar. Para Vasco, era, por agora, suficiente.
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